Barra do Corda/MA, 3 de julho de 2024
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TRISTEZA: Motoboy prova inocência e morre no dia em que seria solto da prisão

O jovem, de 23 anos, foi absolvido dois dias antes de passar mal e morreu no dia que seria liberado da cadeia; ele adoeceu no presídio. Ele foi preso em outubro de 2021 após ser encontrado em uma casa onde ...

TRISTEZA: Motoboy prova inocência e morre no dia em que seria solto da prisão

A mãe de Briner de César Bitencourt, de 23 anos, chorou ao falar do filho que passou mal e morreu enquanto estava preso na da Unidade Penal de Palmas (UPP). Ela participou de um protesto pedindo justiça pela morte do jovem. Ele trabalhava como motoboy, estava preso há um ano, foi absolvido, mas morreu nesta segunda-feira (10), no dia que seria liberado da cadeia.

Aos prantos e segurando uma faixa com a frase “nenhuma mãe merece passar por isso”, Élida Pereira disse que o poder judiciário demorou a julgar e determinar a soltura de Briner.

“Meu filho era inocente, ficou um ano preso lá aguardando um juiz. Há vários meses teve a audiência e o juiz não deu a decisão. Acho que em torno de quatro meses que teve essa audiência e o juiz não deu a decisão. Deixou meu filho ficar lá até a morte”, disse Élida.

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Nesta quarta-feira (12) amigos e familiares fizeram uma manifestação. Eles se reuniram na frente da funerária e, com balões brancos, fizeram um ato na frente da UPP, onde o jovem ficou preso por um ano. Eles cercaram uma viatura do sistema prisional e pediram justiça.

No cemitério, durante a cerimônia de enterro, a irmã do jovem também se comoveu. “Ele ajudava, ele arrecadava, ele ia atrás. Realmente tudo o que foi feito com ele foi uma injustiça e a gente vai exigir que a justiça seja feita”, disse Belyza de César.

A prisão

Briner tinha sido preso há um ano em Palmas, após a polícia fazer uma operação e encontrar uma estufa utilizada para o cultivo de maconha em uma casa. Só que a defesa conseguiu provar que embora ele vivesse no mesmo local, não tinha relação com o crime.

“Ele sublocava um quarto em uma casa. O quarto era na frente, em uma entrada isolada. Dentro da casa tinha mais dois quartos. No quarto do fundo, onde ele não tinha acesso, foram encontradas várias mudas de maconha”, disse a advogada Lívia Machado Vianna.

Durante a ação a polícia prendeu as três pessoas que estavam na casa, inclusive Briner. “Os outros dois falaram que o Briner não tinha participação, que ele não sabia das drogas, mas mesmo assim na audiência de custódia a prisão em flagrante dele foi convertida em preventiva”.

A advogada conta que antes de ser preso Briner trabalhava como motoboy para dois restaurantes e não tinha passagens pela polícia.

A sentença que absolveu Briner saiu na sexta-feira (7). A advogada relatou que o Fórum de Palmas teve um expediente diferenciado neste dia e quando o juiz publicou a sentença no processo não tinha mais ninguém para dar andamento e expedir o alvará de soltura.

Briner começou a apresentar sintomas nas últimas duas semanas dentro da Unidade Penal de Palmas (UPP). Segundo a advogada, os outros detentos contaram que ele sentia fortes dores abdominais e alguns dias mal conseguia andar, além de expelir sangue.

G1/TO

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