Blog Minuto Barra, o Portal de Notícias do Gildásio Brito
Um caso de maus-tratos que ocorreu em abril de 2018 e, que foi, publicado em primeira mão por este Blog, provocou revolta na população de Barra do Corda e região.
No dia 4 de abril do ano passado, a Polícia Militar foi acionada para se dirigir a uma residência na Vila Sampaio onde um casal estaria espancando uma bebê de apenas 8 meses por nome de Isadora Oliveira Barros.
Foram presos naquela ação da PM; Francisco Edson de Almeida Barros e Valdenice de Oliveira Pereira.
Após a ordem de prisão, os policiais perceberam que a vítima e filha do casal Maria Isadora estava doente, sendo encaminhada para tratamento hospitalar na Unidade de Pronto Atendimento(UPA), local que veio a falecer.
Segundo o médico plantonista, por conta dos maus-tratos, tais como escoriações, hematomas e muita sujeira pelo corpo da criança, como claro sinal de evidente descaso, fez com que a menor de idade viesse a falecer.
No dia 24 de abril daquele ano, após inquérito concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Poder Judiciário, o mesmo foi logo em seguida encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia contra o casal.
A Defensoria Pública foi indicada para apresentar defesa em favor de Valdenice, mãe da criança e acusada pela prática de agressões contra a menor.
Os advogados Dr Carlos e Rômulo Morais, foram contratados para defenderem o acusado Franscico Edson de Almeida.
A defesa de Francisco conseguiu provar perante o juiz de que o mesmo não teria qualquer participação nas agressões contra Isadora, sua filha, e provou ainda, que o mesmo chegou a realizar um bingo para ajudar no tratamento de saúde da filha, após às agressões praticadas pela mãe.
O Juiz Queiroga Filho ficou convencido de que apenas Valdenice de Oliveira, mãe de Isadora, foi a única que praticou maus-tratos, onde culminou com a morte da bebê.
“Mesmo com a separação do casal, o acusado Francisco Edson de Almeida Barros preocupava-se com a saude da filha. Obteve, após retornar do estado de Goiás, um emprego de vigia em Dom Pedro, local em que também organizou um bingo e um jogo beneficente de futebol, para angariar fundos, visando ao tratamento da menor”, disse o Juiz.
Por outro lado, o juiz fez questão de afirmar em sua decisão que, a mãe, Valdenice, não se sensibilizou com o quadro de saúde da própria filha.
“Entretanto, o grave quadro da vítima Maria Isadora, não sensibilizou a acusada Valdenice de Oliveira, que somente se convenceu da viagem e tratamento de sua filha após ser duramente advertida pela assistente social, a testemunha Cícera da Rocha Marques, que ameaçou de levar o caso para o Ministério Público”, disse o Juiz Queiroga Filho.
O Juiz fixou a pena em 7 anos de prisão em regime fechado.
“Fixo a PENA DEFINITIVA EM RECLUSÃO DE 07(SETE) ANOS……O regime inicial fechado para cumprimento da pena…………considerando que a acusada teve as circunstâncias judiciais da culpabilidade e circunstâncias do crime desfavoráveis, sendo necessário e sufienciete a fixação de regime mais gravoso para reprovação e prevenção do crime. Nego à acusada o direito de recorrer em liberdade, pois vem descumprindo, desde novembro de 2018 a medida imposta na concessão de sua liberdade provisória, qual seja, comparecer mensalmente em juízo, até o dia 10(dez) de cada mês, para justificar suas atividades”, finalizou o juiz.