A Polícia Civil de Barra do Corda, por meio do delegado Marcondes de Sousa, titular do 2º Distrito Policial, concluiu nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, o inquérito que investigou o crime que ceifou a vida do jovem Valdean do Nascimento Sousa, ocorrido durante a Caminhada da Família, da Igreja Católica, no dia 16 de agosto de 2025, na Avenida Governadora Roseana Sarney, no bairro Trizidela.
O autor do crime foi identificado como Hawhan Lima Sousa, que, movido por ciúmes, matou Valdean com um golpe de canivete na região entre o pescoço e o ombro.
Segundo o relatório do delegado Marcondes de Sousa, a materialidade delitiva está amplamente comprovada pelo laudo cadavérico, pela apreensão do canivete e pelos registros audiovisuais que documentam a sequência dos fatos, além da troca de mensagens entre o acusado e sua namorada.
Após praticar o crime, Hawhan enviou as seguintes mensagens à sua namorada, Whennia:
Hawhan: “Eu fiz uma besteira grande demais.”
Whennia: “Pelo amor de Deus, o que foi que tu fez, Hawhan?”
Hawhan: “Não tem mais volta, Whennia.”
Whennia: “O que foi que tu fez? Fala comigo!”
Hawhan: “Foi ele, Whennia. Eu não aguentei ver mais.”
Whennia: “Meu Deus do céu, tu matou ele?”
Hawhan: “Eu não queria, mas ele foi atrás de ti. Eu perdi a cabeça.”
Whennia: “Hawhan, pelo amor de Deus, não fala isso! Onde tu tá?”
Hawhan: “Sumindo… Não quero mais viver. Pegaram meu óculos.”
Whennia: “Tu fez isso por causa de ciúmes, Hawhan?”
Hawhan: “Ele estava contigo, Whennia. Eu vi.”
O delegado afirma no relatório que as declarações de Hawhan demonstram consciência do ato ilícito e irreversível, compatível com crime consumado.
O delegado Marcondes de Sousa encaminhou o inquérito concluído ao Poder Judiciário, indiciando o acusado pelo crime de homicídio qualificado, previsto no artigo 121 do Código Penal, com as seguintes qualificadoras: motivo torpe, decorrente de ciúme possessivo e descontrolado, e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em razão do ataque súbito e letal em região vital.
A Justiça encaminhará o inquérito ao Ministério Público, para que seja oferecida denúncia formal contra o acusado. O relatório da Polícia Civil pede a aplicação de pena de 30 anos de prisão em desfavor de Hawhan Lima Sousa.





