Barra do Corda/MA, 4 de maio de 2024
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LUTO: Acaba de falecer em São Luís dona Alda Brandes, viúva do ex-deputado Galeno Brandes

Blog Minuto Barra, o Portal de Notícias do Gildásio Brito

Faleceu por volta das 19h desta terça-feira, 2 de julho, em São Luís, aos 89 anos a senhora Alda Brandes, viúva do ex-deputado Galeno Brandes.

Dona Alda Brandes se encontrava internada em um hospital da capital maranhense, onde, nos últimos dias seu quadro clínico teve pioras.

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Alda Brandes era membro da Academia Barracordense de Letras. A informação foi repassada ao Jornalista Gildásio Brito, pelo juiz Sebastião Bonfim, que também lamentou o falecimento. “Lamento informar o falecimento de Dona Alda Brandes. Que Deus a receba em seu reino”, disse o juiz Tião Bonfim.

O Blog Minuto Barra lamenta o falecimento de dona Alda Brandes, uma das mulheres de maior destaque na história de Barra do Corda.

 

Biografia
Dona Alda Lopes Brandes
Por Jorge Abreu/Turma da Barra/junho 2017

Ela é uma enciclopédia! Das que se faziam antigamente: com informações exatas e conteúdo perfeito! Barra-Cordense, nasceu em 12 de maio de 1930, mas foi registrada como se ao mundo tivesse vindo ao dia 12 de maio de 1929.

Referência em educação, generosidade e vitalidade, Dona Alda Lopes Brandes conta que aprendeu a ler aos 8, 9 anos de idade: “Li muito à luz de lamparina e fiz até o quinto ano no Colégio das Freiras (Educandário São José da Providência).”

Filha de Theóphilo Lopes da Fonseca e Adélia Maria da Cruz Lopes, começou a dar aulas com 15 anos, no Cateté, como professora da Colônia Agrícola Nacional do Maranhão, “criada por Getúlio Vargas em 1942” (ela faz questão de frisar). Depois de casada, fez o ginásio e a escola normal, no Colégio Nossa Senhora de Fátima.

Um dia, vindo do Cateté para a cidade, montada a cavalo, Dona Alda foi vista pela primeira vez por Galeno Edgar Brandes, que estudava em São Luís, e com quem começou a namorar em junho de 1948 e casou-se em 24 de abril de 1954.

“Eu estava de culote, botas, e meus cabelos eram pintados de louro. Galeno vinha com o irmão Floro Austregésilo Brandes”, relembra. Foram casados por 40 anos, até a morte do marido, em 12 de julho de 1994.

Do casamento com o músico, poeta, escritor, historiador, político e professor Galeno, nasceram as filhas Clície Lopes Brandes Pereira e Aldaléa Lopes Brandes Marques.

Das lembranças que guarda do marido, Dona Alda destaca as músicas que Galeno tocava para ela com o seu pistom (quando namorados) dentro da lancha em que partia para estudar na Escola Técnica Federal, em São Luís.

Formado em Desenho, Arquitetura e Móveis pela Escola Técnica Federal, o professor Galeno Edgar Brandes foi vereador, prefeito de Barra do Corda no período de 1966 a 1970, deputado estadual e diretor da Assembléia Legislativa do Maranhão.

Galeno Edgar Brandes é autor da obra-prima “Barra do Corda na História do Maranhão”, por ele escrita ao longo de 20 anos e lançada logo após a sua morte por Dona Alda Lopes Brandes com o apoio das filhas Clície Lopes Brandes Pereira e Aldaléa Lopes Brandes Marques.

Funcionária pública federal aposentada, trabalhou no INCRA como professora e agente administrativa. Fundou o Clube de Mães, durante o mandato de prefeito do seu esposo, com a participação de mães de todos os segmentos políticos de Barra do Corda.

Na mesma época, foi fundado no Clube de Mães, sob sua presidência, o Jardim de Infância Djanira Neiva de Freitas, que funciona até hoje, no clube. Fundou também, em novembro de 1994 (e dirige, desde então), a Casa de Cultura Galeno Edgar Brandes, único museu de Barra do Corda.

Em sua casa, no “quarto da bagunça”, como ela define, tem um outro museu, com fotos, livros e uma infinidade de coisas que fazem parte da história de Barra do Corda.

De uma lucidez que impressiona, aos 88 anos Dona Alda Lopes Brandes recorda até o nome da marca da tintura com que pintava os cabelos de louro na juventude, quando conheceu o professor Galeno Edgar Brandes.

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